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Novo coronavírus afeta o dia a dia do Varejo brasileiro

Crescimento global será menor
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduziu de 2,9% para 2,4% a perspectiva de crescimento da economia mundial neste ano. A projeção leva em conta os impactos globais da epidemia de coronavírus e, se confirmada, fará com que a economia mundial tenha o pior desempenho anual desde 2009, quando o Produto Interno Bruto (PIB) global caiu 0,5% por conta da crise financeira de 2008.

Principais mercados Afetados pela epidemia
Segundo a OCDE, a China representa cerca de 20% da indústria, 17% do PIB, 12% do comércio e quase 8% do investimento direto estrangeiro que circula pelo mundo hoje. Além disso, é a emissora de mais de 8% dos turistas globais, e a consumidora de aproximadamente 50% da demanda mundial por commodities como alumínio, cobre, níquel e zinco. A OCDE também reviu para baixo o PIB do G20 (2,7%) e o de países como Estados Unidos (1,9%), França (0,9%), Alemanha (0,3%), Japão (0,2%), Índia (5,1%) e México (0,7%). Para a Itália, que tem um dos piores quadros do coronavírus fora da China e está vendo as receitas turísticas despencarem, a projeção da OCDE é de estagnação

Brasil
Em Março/2020, a OCDE não revisou a perspectiva de crescimento para a economia brasileira para o ano de 2020, mas isso só não aconteceu porque a organização já projetava um número baixo antes mesmo da Pandemia. Aos últimos boletins estimam que poderemos ter resultados negativos do PIB brasileiro para 2020, se o problema com o Corona vírus não só no Brasil, mas al redor do mundo persistir até meados de junho /julho

A Epidemia ameaça o Perfil do Varejo Brasileiro
O varejo observa cauteloso mudanças relativamente significativas nos padrões de compra. Enquanto a entrega de alimentos está crescendo, áreas como roupas e eletrônicos enfrentam problemas logísticos. O comércio registrará mudanças significativas especialmente pedidos de restaurantes e consumo online crescerão, porém, reservas de viagens serão duramente castigadas. As empresas deverão lançar programas especiais para apoiar comerciantes, como a redução das taxas cobradas em cartões e o fornecimento de subsídios à equipe de entrega, além de alterações nas datas de pagamentos de impostos. As empresas tentarão manter a própria equipe segura, e muitos funcionários trabalharão de suas casas. Nesse cenário, o surto da doença por coronavírus afetará negativamente os setores de alimentos e agropecuário, enquanto a economia já está enfrentando uma desaceleração do PIB, questões comerciais, e a confiança do consumidor em geral estarão mais fracas. Nas próximas semanas espera-se:

  • Que o consumo de alimentos fora de casa seja severamente impactado (muitos estabelecimentos de serviços de alimentação fecharam temporariamente a loja) – embora parte da lacuna seja absorvida pelo varejo (à medida que as pessoas estocam as necessidades alimentares), bem como por entrega de alimentos.
  • As cadeias de suprimentos devem ser significativamente interrompidas em todo o espectro de alimentos – resultado da redução da demanda, interrupções na logística e ausência de força de trabalho.
  • Oferta e estoque reduzidos – pelos motivos mencionados acima, além de aumento de custos. A produção de gado e grãos será reduzida no segundo trimestre e no segundo semestre cada vez mais afetada se o reabastecimento e o plantio forem adicionalmente restritos.
  • Estendido declínio econômico e interrupções na cadeia de suprimentos podem levar ainda mais a um clima deprimido de consumo e investimento, juntamente com menores gastos em alimentos e bebidas (F&B) e menos atividades.
  • Quanto mais tempo o vírus não estiver contido depois de março, mais longo, mais extenso e mais estrutural será o impacto na cadeia de alimentos. Se o vírus estiver contido no segundo trimestre, o retorno também será rápido.
  • O fornecimento não se recuperará imediatamente após o segundo trimestre, devido os percalços da produção no primeiro trimestre. Se a doença não puder ser controlada até maio/junho, a demanda permanecerá fraca ao longo do primeiro semestre de 2020.
  • Os Próximos Passos do Varejo
    Os dados de tráfego nas lojas a partir de agora devem ajudar as empresas a mapear hábitos e identificar demanda pontual de certos produtos, e ajudar a definir estratégias nos próximos dias. Táticas deverão ser discutidas rapidamente em redes de hipermercado, como redução de promoções de produtos da área de mercearia, como leite e pão, e de bebidas, como cerveja, que são usados em ações comerciais de fim de semana para atrair tráfego já que a ordem é ficar em casa. Como há possibilidade de que mais clientes estoquem esses produtos, o volume vendido antecipadamente deve crescer, e não faz sentido reduzir preço agora e entrar com ofertas mais agressivas. A expectativa de que menos consumidores circulem em regiões de alto tráfego, como avenidas de grandes comércio ou shoppings, terá diferentes efeitos sobre cada segmento. No caso de lojas de moda e calçados, que em parte atendem uma compra por impulso, quando o cliente adia essa compra para não ir ao shopping, por exemplo, provavelmente o varejista perderá essa venda. No caso dos supermercados, lojas de conveniência, mercearias em geral o médio comércio, um pontual aumento das compras ocorrerá com consumidores eventualmente se estocando mais, há uma antecipação de uma venda que não vai voltar acontecer lá na frente, especialmente de itens de alto giro, como macarrão, arroz, feijão e água. Vai existir impacto especialmente em bares e restaurantes, e em varejistas que aproveitam a demanda de feiras e eventos de fim de semana” declara a associação de bares e restaurantes.

 

A crise é a chance para se diferenciar
O momento que o Brasil vive em relação à epidemia que percorre o mundo será desafiador, principalmente para as pessoas que trabalham com o setor do varejo, e é nesse momento que surge a pergunta: como aumentar vendas do varejo?

Essa é uma pergunta comum, mas alguns poucos criam soluções significativas, porém, saiba que pequenas mudanças podem trazer excelentes resultados.

Como você está enfrentando essa crise? Já tentou planejar e aplicar técnicas para reverter essa situação? Tenha em mente que a crise é uma bela oportunidade para se reinventar e desenvolver métodos diferenciados. Você já parou para pensar que é nesse momento, onde comércios dos mais variados nichos criam as soluções mais criativas? Mas para isso, você precisa deixar a desmotivação de lado, e correr atrás de informações importantes sobre o mercado, porque uma coisa é certa, a crise muda a forma como você lida com os clientes. Dessa forma, é provável que o comportamento deles também mude em relação à forma como eles enxergam sua marca e estabelecimento. Portanto, ir atrás desse tipo de conhecimento e ajuda de especialistas é o que pode e vai te direcionar mais certeiramente. Comece com as dicas a seguir:

1.1 – Comece com uma gestão adequada
A gestão nos negócios pode até não ser o foco principal na hora de aumentar as vendas, mas garantimos; é essencial para que você consiga definir exatamente em que lugar seu comércio se encontra. De que outra forma você conseguiria determinar onde cortar custos, renegociar possíveis dívidas e renovar contrato com fornecedores, por exemplo, sem uma gestão adequada?

Determine a gestão como uma mola propulsora para te guiar e mostrar o melhor percurso a seguir. Afinal, num momento de crise, qualquer auxílio é bem-vindo, não é mesmo?

1.2 – Venda inovação aliada a qualidade
Esse é o momento onde o poder de compra da maioria dos consumidores está reduzido. Dessa forma, ele não vai comprar além daquilo que realmente precisa, aí é que entra a inovação, apresentar desenvoltura e serviços inovadores é bem visto pelo cliente, pois, só se destaca quem arrisca. Vale enfatizar nesse ponto a qualidade (de nada adianta oferecer um mundo novo de possibilidades se não houver qualidade). Ao colocar a sua disposição produtos e serviços de qualidade você está agregando mais valor à marca, e isso certamente aumenta as vendas no varejo.

 1.3 – Capriche no atendimento
Essa é uma dica que deve ser levada com cuidado, pois, pode não ser o momento para investir nessa parte. No entanto, é muito importante transformar seu atendimento em competitivo, afinal, no varejo o atendimento é crucial para fechar a venda.

Procure orientar de maneira geral e enfatizar como cada um dos produtos devem ser mostrados e oferecidos. Dessa forma, seus colaboradores podem ser mais assertivos na hora de expor um determinado produto ainda que online.

Sem dúvida alguma, o atendimento diferenciado representa pelo menos meio caminho andado para fechar vendas.

1.4 – Priorize a fidelização de clientes
Com essa dica, pensamos e reafirmamos a parte da redução de custos, como aliada para superar essa fase. Sendo assim, é recomendado focar e direcionar seus esforços e acima de tudo, recursos para os clientes fidelizados à sua marca ou comércio.

Ao invés de sair à procura de novos clientes o que irá gerar custos, diante da situação atual, pode não surtir resultados, desenvolva um plano de fidelização e invista em promoções exclusivas a eles, os fidelizados. Certamente o volume de vendas pode se mostrar positivo.

1.5 – Aperfeiçoe a capacitação da equipe
Não existe chance de aumentar as vendas no varejo, se você não contar com uma equipe com alto padrão de habilidades. Pode parecer um investimento inapropriado, mas é muito positivo para a situação. Além do atendimento direto ao público, um bom treinamento pode agregar mais conhecimento quanto aos produtos e suas finalidades. Saber organizar melhor o espaço, estoque e cativar os clientes é absorvido em um preparo adequado. Todas essas características irão aparecer em números na hora de fechar o mês, pode apostar.

Aumente as vendas com a ferramenta certa
Todos nós sabemos como pode ser difícil esse momento de crise, por isso estamos aqui para te ajudar. E se você tivesse uma ferramenta ideal para te ajudar a solucionar a grande dúvida: como aumentar vendas no varejo?

A FTI Consulting tem uma solução perfeita para você implementar no seu negócio e aumentar as vendas, ela é completa e desempenha inúmeras funções, especialmente em momentos para que o seu negócio seja mais assertivo na hora de definir o melhor caminho para e aumentar a rentabilidade.

  • Gestão Financeira no Varejo
    É fundamental também que a área financeira de uma companhia saiba definir as prioridades e desenhe um plano de ação rápido. Mensurar as eventuais contingências, a necessidade real de liquidez e os riscos que estão dispostos a correr fazem parte de uma estratégia que deve conter diversas frentes de atuação. Mostramos algumas análises a seguir, especialmente para momentos de crise:

2.1 – Gestão do Caixa e Liquidez
A gestão da liquidez da companhia deve se tornar prioridade para as tomadas de decisão. Se preparar para o que vem pela frente e traçar diferentes cenários de caixa para os acontecimentos seguintes darão suporte para identificação de possíveis furos de liquidez. A criticidade do assunto em momento de crise se justifica pela própria sobrevivência do negócio.

2.2 – Planejamento Financeiro
Na tomada de decisões com relevante impacto de longo prazo, tais como a análise de investimentos e emissões de dívidas, as empresas devem projetar a sua geração de caixa futura considerando diversos cenários. As companhias precisam fazer exercícios de planejamento e testes de liquidez em diversos cenários a fim de não serem surpreendidas futuramente e de se encontrarem em uma situação de falta de liquidez

2.3 – Relação com Fornecedores
Gerenciar o relacionamento com fornecedores tornou-se fator decisivo para aperfeiçoar processos e prestar um bom serviço ao cliente. Um bom controle das Contas a Pagar provem as informações para tomada de decisões sobre todos os compromissos da empresa que representem o desembolso de recursos. Em momentos de crise, a renegociação de alguns termos comerciais deve ser realizada para que os contratos possam ser honrados.

2.4 – Crédito e Cobrança
É fundamental que a empresa gerencie a exposição da empresa a clientes, grupos econômicos, mercados e setores da economia. Além de mitigar exposições, a área financeira tem a responsabilidade de remediar eventuais impactos de inadimplência, com ações efetivas de cobrança e com uma gestão próxima do cliente em renegociações de prazos, valores e garantias.

Highlights
Impactos da epidemia chegam à economia real. Propagação da doença faz com que o varejo brasileiro sofra com a falta de componentes. Concluímos que, apesar da importância das reservas de caixa, a maioria das pequenas e médias empresas mantém um nível de reservas que forneceria um colchão insuficiente diante de uma desaceleração econômica significativa ou outra interrupção.

Alerta:
Depois de derreter o valor de mercado de empresas por todo o mundo a epidemia do coronavírus começa a atingir a produção de bens e serviços no Brasil.   No setor de eletroeletrônicos, mais da metade das empresas apresentam problemas e algumas indicam redução na produção do segundo trimestre, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Eletroeletrônicos (Abinee). No segmento de vestuário e moda um setor muito vulnerável à crise suscetível às turbulências da economia é caracterizado pela presença de muitas empresas de pequeno porte, numa disputa acirrada, sem muita solidez e financeiramente frágeis, diferentemente, por exemplo, de outras indústrias, como a de cosméticos. As medidas adotadas diante do coronavírus implicam numa imensa parada na economia, que vai dificultar as cadeias de grande parte das marcas que dependem de tecidos e insumos importados; então, quando tudo isso se normalizar, e pudermos reavaliar a nova cadeia de suprimentos a logística será mais cara e haverá um impacto nos custos, esse será o momento de fortalecer o e-commerce que poderá virar a loja número 1 das marcas. Além da falta de componentes e insumos, o dólar está mais caro e poderá ter repasse para os preços.

ATUAÇÃO
Moreno Associados
Reestruturação & Gestão Financeira

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